quarta-feira, 24 de junho de 2009

o baiacu e a galinha.

Estamos em busca de uma boa mesa que enriqueça nosso animado bate papo. Combinamos então de explorar o centro histórico da cidade. Vamos em busca de algum lugar interessante para o happy hour. Caminhamos pelo centro do Rio. É quinta-feira e M. Applegate me busca no trabalho.
É incrível como, à noite, a paisagem muda no Centro. Antes do anoitecer, as ruelas mal pavimentadas são tomadas pelo povo que trabalha e circula com pressa. Depois das 19h, mesas e cadeiras são colocadas na rua e os boêmios fazem a festa. São vários bares, praticamente um ao lado do outro, lotados de gente.
E cá estamos nós, sentadas em uma mesa capenga da "Toca do Baiacu", ao lado de outras dezenas de clientes. O garçom quase acaba com o nosso entusiasmo. O garçom: só um rapaz serve as mesas, completamente mal humorado. Pensamos em desistir. Mas o moço leva um puxão de orelha de nossa parte (nada como perguntar o nome do malcriado e fazer uma brincadeira), servindo-nos mais solícito.
A cerveja é Original, ultragelada, o que nos causa grande prazer. O clima é quente, tem gente jovem por todo lado. Mordiscamos honestos bolinhos de camarão e recebemos a visita de R. Eckhart, que acaba nos ajudando na missão de escolher o nome para este blog.
E bem ali, cercados por um casario antigo belíssimo da Ouvidor, naquela noite quente que já anuncia chuva, desfrutamos da combinação cerveja-petisco-alegria... Para meu desespero, uma barata enorme resolve acariciar meu pé esquerdo. Seguindo meus instintos, dou um pulo a la Leny Dale e grito, apavorada. Pânico, arrepios e uma pergunta: por que os botequins do Rio não dedetizam suas calçadas?
Só sossegamos quando R. Eckhart nos faz uma sugestão incrível: "Adotem uma galinha. A bichana come todos os insetos que vê pela frente. Assim vocês não correrão mais o risco de lidar com as cascudas". Será que elas aceitam coleiras?

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