sexta-feira, 3 de julho de 2009

amor e café.

Nós merecemos um ou dois segundos para refletir para onde a vida está nos levando. Isso se torna apenas um pretexto para seguirmos na direção de um café. Buscamos opções pelas redondezas de nosso bairro – Laranjeiras -, mas elas deixam a desejar. Adeptas da vida simples, seguimos a pé até Botafogo, onde encontramos o Mio Caffé, dentro de um shopping.
Quando penso em tomar café, sinto o desejo de entrar numa cafeteria que me proporcione aconchego, clima intimista, e que me permita observar, também, gente à minha volta. Apesar de estar localizado no hall de um shopping, o Mio Caffé tem o seu charme. Tudo é muito bem cuidado, desde a concepção visual do espaço até as guloseimas propriamente ditas. Além disso, a proprietária Alexandra capricha no atendimento.
E é então que M. Applegate, ao abrir o cardápio, perde-se entre milhares de combinações para um mesmo tema: o café. Porque, além das opções disponíveis no menu, você pode criar as suas, escolhendo, além do café, acompanhamentos como leite, caldas, sabores e complementos como chantilly, marshmallow, Nutella e doce de leite. O cardápio ainda oferece opções interessantes, como café com álcool (o café correto, com cachaça, é delicioso), chás (incluindo o chá com leite vaporizado) e sugestões geladas como shakes de café ou chocolate com chantilly.
Não há jeito: minha amiga é auxiliada por Alexandra, que dá explicações sobre as bebidas, com a maior solicitude. Optamos pelo cappuccino trufado e pelo cappuccio (espresso com marshmallow e chocolate cremoso). Como acompanhamento, comemos torradas gratinadas com parmesão (americana) e com queijo minas e óregano (mineira).
O café do Mio Caffé vem, curiosamente, do Estado do Rio. Alexandra nos conta que já participou por duas vezes de campeonatos de baristas, obtendo segundo lugar. A casa oferece o Delicatto – blend aromático capaz de agradar apreciadores de um café mais suave e elegante – e o Bravo um blend mais complexo, rico em sabores e aromas de frutas, nozes e chocolate, para apreciadores de um café mais encorpado.
É uma tarde feliz, pondera M. Applegate. Aproveitamos para conversar sobre relacionamentos, claro. Absorvidas pelo sabor dos cafés, concluímos que a mais bela história de amor está dentro de cada um. Observamos Alexandra. Sua história de amor é com o café. Sem conhecimento de causa – ela não era barista quando abriu seu negócio -, mas com a determinação dos amantes, hoje desfruta do prazer que sua cafeteria lhe dispensa.
Sorvemos o copinho de água mineral gasosa (o gás dilata as papilas gustativas, limpando o paladar) e tomamos mais café. A hora aperta. Tenho que buscar a filhota na escola e Applegate segue para resgatar seu surdo (hoje é dia de show). Despedimo-nos. Sigo pensando para onde estamos levando a vida. Mas isso é um pretexto para o próximo café.